A forma como aprendemos mudou?

A resposta você já sabe: lousas foram substituídas por telas interativas, bibliotecas foram substituídas por motores de busca, encontros presenciais 100% síncronos viraram plataformas, lives e apps de mensagens.

Mas além de mudar o contexto, o ambiente e as ferramentas de aprendizagem das quais dependemos, a tecnologia também mudou num nível neurológico a forma como processamos as informações e as transformamos em conhecimento.

Um estudo da Altitude, uma consultoria de design e inovação da Accenture, concluiu que a Geração Z, que cresceu imersa na tecnologia, desenvolveu a capacidade de analisar e selecionar informações importantes mais rapidamente.

Um estudo de 1985, de Harvard, mostrou que as pessoas têm maior probabilidade de lembrar de algo quando não têm uma memória externa artificial que dê esse suporte.

A partir dessa pesquisa, o psicólogo Daniel Wegner propôs os conceitos de “inteligência coletiva” e “memória transativa”, que é um fenômeno humano segundo o qual o trabalho de lembrar é uma uma atividade social, uma função compartilhada, ou seja, sempre confiamos às nossas relações próximas, como família, amigos, vizinhos e colegas de trabalho, a memória das nossas atividades cotidianas, sejam datas de aniversário, números de telefone ou momentos marcantes da nossa história em conjunto.

“Isso nos torna coletivamente mais inteligentes, expandindo nossa capacidade de entender o mundo ao nosso redor”, diz Wegner.

Esse caminho sugere que a forma como aprendemos, processamos e memorizamos informações está mudando à medida que nos tornamos mais dependentes da tecnologia como uma extensão de nossa capacidade cognitiva. Confiamos mais na nuvem do que em nós mesmos ou nos humanos ao nosso lado. E uma transformação dessa magnitude na interação da humanidade não ocorre impunemente.

Ao buscar compreender essas mudanças, sempre de forma crítica e produtiva, colecionamos insumos para criar estratégias mais efetivas e empáticas de aprendizagem, desenvolvimento, capacitação e colaboração.

Podemos, por exemplo, propor uma aceleração tecnológica, para testarmos juntos os limites da terceirização total da nossa memória. Ou, ao contrário, podemos resgatar radicalmente a essência do humano, de uma inteligência coletiva absolutamente orgânica. Não tem certo ou errado, o que tem é planejamento estratégico e design de experiência para endereçar os objetivos do seu negócio.

Vem com a Nuts pensar nessas coisas, para descobrirmos juntos o que funciona melhor para a sua organização, sua equipe e seus planos.